As métricas de ESG tornaram-se essenciais para as decisões sobre investimentos sustentáveis. Com essa realidade em mente, Kevin L. Jackson, um dos influenciadores da #RefinitivSocial100 e fundador da GC GlobalNet, avalia a relação entre a análise de dados ambientais, sociais e de governança e o comportamento, a longo prazo, de ações nas bolsas de valores.
- O número cada vez maior de dados sobre negócios sustentáveis tem ajudando investidores a descobrir vínculos entre questões ambientais, sociais e de governança (ESG) e a viabilidade de investimentos a longo prazo.
- Pesquisas revelam um desempenho superior para as ações com boa classificação pelas métricas de ESG, indicando que esse pode ser um caminho para maximizar o valor para os acionistas.
- Para se informar adequadamente sobre os novos modelos de negócios relacionados a ESG e os riscos associados, os investidores precisam confirmar a procedência dos dados que utilizam.
A análise de big data tem possibilitado a criação de novos modelos de negócios e ainda nos ajuda a reavaliar os antigos. E uma área em que esse novo recurso vem sendo especialmente útil é a dos investimentos ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês). Além de representar três fatores cada vez mais importantes para estabelecermos os riscos e as chances de continuidade dos negócios, o ESG também tem sido apontado como um indicador de viabilidade de investimentos a longo prazo.
Ao medir o grau de sustentabilidade e o impacto social de um investimento em uma empresa ou negócio, esse tipo de análise pode:
- Quantificar a contribuição que uma empresa faz para a saúde ambiental da sociedade (mudanças climáticas, emissões de gases de efeito estufa, gerenciamento de resíduos, eficiência energética).
- Ajudar a proteger direitos humanos (por meio do combate ao trabalho infantil, da garantia de normas trabalhistas nas cadeias de suprimentos, e da observação de normas de saúde e segurança nos locais de trabalho).
- Estabelecer princípios corporativos que definam direitos, responsabilidades e expectativas entre todos os stakeholders da empresa.
Com a quantidade cada vez maior de dados que podemos obter e analisar a baixo custo, temos também descoberto os intrincados vínculos entre ESG e lucratividade nos negócios.
Durante um café da manhã oferecido pela Refinitiv em Nova York, Kevin L. Jackson discorre como as fintechs podem ser benéficas para a sociedade.
Maximizar o valor para o acionista
Um recente estudo do Bank of America Merrill Lynch Global Research mostrou que o investidor que seguisse rigorosamente uma estratégia de compra de ações com boas classificações em várias métricas de ESG teria batido a média do mercado em até três pontos percentuais por ano nos últimos cinco anos. Surpreendentemente, essa análise ainda mostra que o foco em ESG pode também maximizar o valor do acionista.
It was an honor to have the opportunity to share my thoughts on #data in the #FinTech industry with @Refinitiv during their pre-#WEF20 workshop in #NYC.#RefinitivSocial100 Top 100 Influencers in Finance: https://t.co/aWuw0k3d78 #TrustedData #Davos2020 #SustainableLeadership pic.twitter.com/3WOHNIxnjo
— Kevin L. Jackson – Educate. Consult. Engage. (@Kevin_Jackson) January 18, 2020
Outra pesquisa realizada pela Refinitiv reforça esse ponto de vista, revelando que o número de empresas que vinculam a remuneração dos executivos a metas sustentáveis mais que dobrou nos últimos três anos.
Outras tendências positivas de ESG incluem:
- O aumento da diversidade de gênero nos conselhos empresariais aumentou de 15,5% para 18,6% em três anos.
- Sessenta e três por cento das empresas do banco de dados de ESG da Refinitiv, que cobrem 70% do valor de mercado global, têm políticas para reduzir as emissões de gases (cinco anos atrás essa percentagem era de 56%).
- O número de empresas que utilizam auditores externos para seus relatórios de sustentabilidade aumentou de 21% para 25% em três anos.
O estudo também mostra que 52% das empresas presentes no banco de dados da Refinitiv reportam as políticas ambientais de seus fornecedores.
O valor das métricas de ESG
Atualmente, todo o setor financeiro reconhece as métricas de ESG como essenciais para os investimentos. E essa percepção também se faz presente enquanto o mundo tenta lidar com o surto de coronavírus e seus efeitos para as cadeias de suprimentos globais e a economia global.
Os atuais investimentos europeus em questões relacionadas a ESG são enormes. E eles também vêm crescendo nos Estados Unidos.
Em uma entrevista à CNBC, Dan Draper, Managing Director and Global Head of Exchange-Traded Funds da Invesco, concordou que os investimentos em negócios socialmente aceitáveis, como tecnologias limpas, já estão alcançando a escala necessária para serem lucrativos. Esses investimentos também vem sendo associados à redução de custos comerciais, e recebendo forte suporte dos consumidores.
Dados para novos modelos de negócios
Todas essas notícias, no entanto, não significam que tudo já esteja bem quando se trata de progresso corporativo em relação a ESG.
O documento da Refinitiv também mostra que, se seguirmos no ritmo atual, ainda vamos demorar muitas décadas para alcançar, por exemplo, igualdade de gênero nas empresas. E as políticas de remuneração de executivos nas grandes organizações permanecerão vinculados principalmente aos retornos dos acionistas e às metas financeiras de curto prazo.
Mas, conforme os investidores vêm comprovando que os fatores ligados a ESG são importantes para os seus portfólios, eles podem recorrer a empresas como a Refinitiv para obter esse dados ou mesmo confirmar a sua procedência.
É essencial se informar adequadamente sobre os novos modelos de negócios relacionados a ESG e os riscos e eles associados. Os dados oferecidos pela Refinitiv, que cobrem quase 70% do valor de mercado global e mais de 400 métricas, foram projetados para ajudá-lo a tomar decisões sólidas (e sustentáveis) de investimento.
