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Cinco importantes questões sobre as fintechs em 2020

Como o avanço da Inteligência Artificial, machine learning e análise de dados afetará os traders do buy-side, gestores de patrimônio e desenvolvedores neste ano? Essas e outras tendências observadas no setor de fintech foram examinadas pelo nosso grupo de influenciadores #RefinitivSocial100. Leia a seguir.


  1. Uma discussão no LinkedIn envolvendo membros do grupo de influenciadores #RefinitivSocial100 ofereceu respostas às cinco principais dúvidas sobre o universo das fintechs de agora em diante.
  2. A tecnologia já tem grande destaque nas mesas de negociação, mas nossos influenciadores acham mais provável que ela tenha vindo para aumentar o conhecimento e a expertise do ser humano do que para substituí-los de vez.
  3. Um dos maiores obstáculos que as fintechs enfrentam ao oferecer serviços financeiros é a incapacidade de conectar novos modelos de IA e de machine learning aos principais sistemas bancários e de pagamento já existentes.

Para falar das tendências no setor de fintech em 2020, convidamos alguns dos principais formadores de opinião e influenciadores digitais que compõem nosso exclusivo grupo #RefinitivSocial100. Juntos, eles contam com 4,7 milhões de seguidores e compartilham sua visão sobre uma ampla gama de assuntos –todos de grande interesse para a Refinitiv—, que vão desde os desafios da evolução dos fluxos de negociação e a digitalização da gestão patrimonial até a luta contra o crime financeiro.

Descubra neste post o que esses influenciadores disseram durante nosso recente painel no LinkedIn, e não deixe de participar da conversa nas mídias sociais: #FightFinancialCrime, #TrustedData, #DigiWealth, #SustainableLeadership, #CloudReadyData e #SmarterTrading. 

  1. À medida que o setor de fintech continua a se desenvolver, como a IA, o Machine Learning e a automação e a análise de performance das negociações vão impactar os traders?

Bem, em primeiro lugar, os participantes da discussão #RefinitivSocial100 no LinkedIn pareciam confiantes de que a tecnologia não substituirá o a experiência e o conhecimento humanos. Ao contrário: eles acreditam que ela ajudará a aprimorá-los.

Bradley Leimer, co-fundador da Unconventional Ventures, destacou como a tecnologia é fundamental para otimizar as negociações, mas ainda é completamente guiada pelos seres humanos: “A tecnologia já está dominando as mesas de trading, mas os movimentos que, de fato, geram negócios são todos realizados pelo homem”.

Dr. Nafis Alam, que dedica grande parte de seu tempo a pesquisas sobre regulamentação bancária, estabilidade financeira e finanças corporativas, destacou a importância do senso comum humano:

“A tecnologia só complementa o nosso intelecto. Com o avanço tecnológico mudando o mundo financeiro, os profissionais precisam estar equipados com sólidos fundamentos comerciais e usar o bom senso –em vez de depender apenas dos resultados gerados pelas máquinas.”

Dito isso, no entanto, é preciso ressaltar que a prevalência cada vez maior da tecnologia nesse universo libera o tempo dos traders para outras tarefas. Kevin McPartland, chefe de estrutura de mercado e pesquisa de tecnologia da Greenwich Associates, nos disse: “deveríamos pensar nessa evolução não como uma forma de substiuir para as pessoas, mas como ferramentas para ajudá-las a ser mais informadas, tomar melhores decisões e se concentrar nas tarefas de maior valor”.

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  1. A riqueza sustentável será impulsionada pelos dados a partir de 2020?

Quando o assunto mudou para como os dados podem ser aproveitados para gerar desenvolvimento sustentável no futuro, nossos entrevistados foram positivos.

Kai Grunwitz, um dos principais influenciadores do mundo em segurança cibernética, blockchain e transformação digital, disse o seguinte: “As pessoas podem investir e, ao mesmo tempo, manter o foco na sustentabilidade e na ética. Isso será orientado por dados, utilizando aqui aspectos da Inteligência Artificial da mesma maneira que fazemos em diversos outros setores da economia.”

Outros formadores de opinião também apontaram como os dados de sustentabilidade já estão sendo usados para embasar decisões financeiras, e como isso tende a aumentar no futuro. De acordo com Leon Saunders Calvert, diretor de investimentos e fundos sustentáveis da Refinitiv, eles estão prestes a se tornar um conjunto de dados fundamental para o suporte e o aprimoramento de fontes de dados já existentes que amparam decisões de alocação de capital.

E, embora essas informações possam nos mostrar quais empresas agem de maneira ética, elas também são capazes de identificar as que se comportam de forma oposta.

O especialista em governança corporativa David Doughty disse: “além de permitir que investidores atentos a questões de ESG escolham os vencedores –companhias éticas e bem geridas—, essas referências também ajudam investidores, fornecedores, clientes e reguladores a identificar os negócios mal administrados que causam danos em escala global.”

3.A customização e as novas ferramentas de dados farão com que os gestores de patrimônio precisem de menos habilidades para terem sucesso?

Nossos especialistas enfatizaram o fato de que as avançadas ferramentas de dados não diminuirão as exigências, mas, sim, deverão transformá-las.

Alex Jiménez, diretor de estratégia da Extractable, afirmou que essas soluções oferecidas atualmente não devem reduzir o conjunto de requisitos esperados em um consultor de patrimônio de primeira linha. No entanto, elas provavelmente vão alterar o equilíbrio entre essas habilidades. “Um profissional que confia nas ferramentas para obter aconselhamento, sem entender como elas chegam às soluções propostas, em última análise, dará conselhos incorretos aos clientes”.

A tecnologia também prepara um futuro em que os consultores precisarão ter conhecimento de IA e de machine learning para permanecerem competitivos.

“Nesse sentido, em vez de diminuir o conjunto de habilidades do consultor patrimonial, essas ferramentas acabarão até aumentando as exigências. Isso porque todas as questões óbvias serão tratadas pela IA e pelo machine learning, deixando as mais complexas para um reduzido número de gestores com mais expertise”, acrescentou o Dr. Nafis Alam.

4.O que causará o maior impacto nos mercados financeiros em 2020?

Sobre essa questão houve um amplo consenso de que, mesmo com todo o potencial da tecnologia para transformar o mundo financeiro, esse setor, como todos os outros, está à mercê da política:

“Trump reeleito ou o impeachment, as guerras comerciais entre EUA e China e o Brexit afetarão os mercados financeiros em 2020, mas também fiquem de olho em uma possível crise financeira e no início da crise de pensões na UE.” – David Doughty.

Bradley Leimer alertou contra os efeitos prejudiciais da crescente desigualdade: “não há tecnologia que possa influenciar esse setor como a transferência de riqueza que vem ocorrendo (em ambas as direções, dependendo da geografia), e com particular agilidade nos Estados Unidos.”

5.Quais serão os maiores obstáculos para a adoção da IA ​​pelos serviços financeiros de agora em diante?

Nick Kerigan, profissional com quase 20 anos de experiência em pagamentos e serviços bancários, começou a responder à pergunta alertando sobre os problemas de explicabilidade e produção: “conseguir explicar, por exemplo, decisões é vital em qualquer situação B2C. Entretanto, um obstáculo que poucos comentam é a capacidade de produzir. Trata-se de um grande desafio conectar novos modelos de machine learning e de IA aos principais sistemas bancários e de pagamentos já existentes “.

O cientista de dados da Refinitiv, Mahesh Kulkarni, apontou a variedade e a qualidade dos dados, enquanto a presidente da techUK, Jacqueline de Rojas, destacou os desafios de quando a empresa herda sistemas desatualizados, além da escassez de talentos e cultura.

Segundo ela, muitos bancos ainda têm sistemas para infraestruturas de TI e dados que não são otimizados para tecnologias orientadas a dados. Fora isso, é difícil encontrar o profissional certo para inovar com IA e também enfrentar a resistência cultural decorrente da falta de compreensão dos avanços na área. ”

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