Em meio à crise climática mundial e com as mudanças na definição de responsabilidade social corporativa, a Refinitiv tem constatado uma crescente demanda por oportunidades de investimentos sustentáveis, além de indicadores transparentes de ESG que mostrem o real significado de sustentabilidade ambiental.
- De todas as empresas que compõem o S&P 500, 18 delas são responsáveis por aproximadamente metade de todo o CO2 gerado pelo índice.
- 354 das empresas incluídas no índice possuem políticas de emissão de carbono. Dessas, apenas 245 têm metas específicas de redução.
Se fossem excluídas do S&P 500 as empresas mais poluentes, o índice continuaria gerando retornos quase idênticos. Ou seja, se você, por exemplo, tivesse montado um portfólio em 2005 sem as 29 empresas de energia do S&P, reduziria as emissões totais de CO2 em 19,20% e ainda assim obteria ganhos anuais mais altos (9,85% contra os 9,54% do S&P desde 2005).
Sustentabilidade ambiental
Em parceria com a empresa Quartz Creative, aproveitamos as robustas ofertas de dados de ESG da Refinitiv para desenvolver uma nova forma de visualização de informações, com indicadores para empresas do S&P 500 que realmente priorizam a sustentabilidade ambiental.
Primeiro, analisamos as emissões corporativas de gases de efeito estufa entre as empresas do S&P 500. Em seguida, elencamos quais empresas têm políticas específicas voltadas para o combate à crise climática e como o investimento em sustentabilidade pode afetar o retorno dos investimentos.
A seguir, as principais conclusões obtidas a partir dessa parceria:
Os maiores infratores
- De todas as empresas do S&P 500, 18 delas são responsáveis por aproximadamente metade do CO2 gerado por todo o índice.
- Não é nenhuma surpresa que esses grandes emissores de gases de efeito estufa sejam indústrias de combustíveis fósseis, de transportes, petroquímicas e de serviços públicos.
Metas de redução
- É importante adotar políticas de emissões, mas a não ser que sejam inclúídas aí metas de redução de gases, elas não significam necessariamente que as empresas estão adotando ações específicas para tal.
- Ou seja, 354 das empresas do S&P possuem políticas de emissão. Mas dessas, somente 245 têm metas específicas de redução de gases de efeito estufa.
- Com o Acordo de Paris foram delineadas metas ainda mais agressivas para reduzir as emissões desses gases.
- Antes de 2017, quando os Estados Unidos desistiram do acordo, a meta do país era de 17% de redução de gases até 2020, e 80% até 2050. Hoje, apenas 85 empresas do S&P estão cumprindo o que havia sido combinado.
- A União Europeia estabeleceu metas ainda mais agressivas: reducão das emissões em 20% até 2020, e mais de 95% até 2050. Mas somente 44 empresas do S&P estão atualmente nesse caminho.
Bons exemplos
- As 44 empresas do S&P que estão cumprindo com o compromisso estabelecido pelo Acordo de Paris na União Europeia representam 28% das emissões de carbono do índice. Essa é uma boa notícia, já que suas reduções terão um impacto significativo.
Considerações finais
- Os riscos financeiros derivados da falta de investimento em empresas de combustíveis fósseis são estatisticamente irrelevantes.
- Isso porque, se fossem excluídas do S&P 500 as empresas mais poluentes, o índice continuaria gerando retornos quase idênticos. Ou seja, se você, por exemplo, tivesse montado um portfólio em 2005 sem as 29 empresas de energia do S&P, reduziria as emissões totais de CO2 em 19,20% e ainda assim obteria ganhos anuais mais altos (9,85% contra os 9,54% do S&P desde 2005).
- Isso é demonstrado por meio de vários exemplos em nossos gráficos e tabelas interativas.
- O apoio a políticas mais sérias de emissões de gases vem crescendo. Desde 2015, 38 empresas do S&P adotaram novas metas de emissão.
- Esse comportamento tem sido motivado pela onda regulamentória global, desempenho final e pressão dos acionistas.
Visualize esses e outros dados em Refinitiv.com/bubble
