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Armas tecnológicas contra o crime financeiro

 

Quando associadas a expertises tipicamente humanas, novas tecnologias têm ganhado papel de destaque na luta contra os crimes financeiros. Por meio de uma nova pesquisa global, a Refinitiv revela como as organizações estão maximizando esses recursos para erradicar a corrupção.


  1. Uma recente sondagem da Refinitiv sobre inovação e crime financeiro mostrou que as organizações gastam um valor equivalente a 4% do volume total de negócios em processos de due diligence.
  2. Quando questionados sobre adoção de tecnologias para combater crimes financeiros, a maioria dos respondentes indicou que usava dados e ferramentas baseados em nuvem.
  3. A combinação de tecnologia de ponta e experiência humana confiável tem ajudado as equipes de compliance a maximizar os recursos de que dispõem para lutar contra a corrupção.

Uma pesquisa global realizada pela Refinitiv em março de 2019, em que foram entrevistados mais de 3.000 gerentes com tarefas relacionadas a compliance, revelou que a maioria (72%) estava ciente de crimes financeiros em suas operações nos 12 meses anteriores.

Além de confirmar a grande incidência desse tipo de delito, a sondagem mostrou também que as suas possíveis consequências geram muita preocupação para as organizações. Quando indagados sobre os prejuízos que poderiam advir de qualquer associação com corrupção, mais de 40% dos entrevistados expressaram preocupações relacionadas a valor corporativo, confiança do investidor, reputação, restrições nas operações e relacionamento com fornecedores.

Em suma, eles acreditam que haverá um impacto negativo em todas essas áreas se as empresas em que atuam forem percebidas como negligentes no combate aos chamados crimes do colarinho branco.

Portanto, quando pensamos na alta prevalência de malfeitos na área financeira de ambientes corporativos e nas conseqüências que as empresas enfrentarão se não as detectarem, entendemos a urgência de se partir para soluções inovadoras para resolver o problema.

Gastos com Due diligence

Nossa pesquisa revelou ainda que as organizações já gastam um valor equivalente a 4% do volume total de negócios em due diligence de clientes e de terceiros como parte dos esforços para erradicar crimes financeiros.

Apesar disso, mais da metade (51%) das contrapartes externas não havia passado por uma verificação inicial de due diligence para serem admitidos nas operações. Essa situação é exacerbada pelo fato de apenas 39% dos entrevistados monitorarem as transações comerciais com as contrapartes em tempo real depois disso.

Lacunas como essas nos procedimentos de compliance fazem com que grande parte dos crimes financeiros continuem indectetáveis. No entanto, se considerarmos as enormes somas já destinadas para combater o problema, podemos concluir que adicionar mais pessoal ou aumentar o orçamento não é uma opção viável para a maioria das empresas.

Chegou a hora de trabalhar de forma mais inteligente e potencializar a eficácia dos recursos existentes. Para isso, a chave é a tecnologia.

Clique aqui para fazer o download do infográfico

De olho em novas tecnologias

Muitas organizações têm abraçado novas ferramentas tecnológicas para cumprir com as normas regulatórias e combater crimes financeiros em suas operações. E, segundo a sondagem, uma maioria significativa (79%) usa dados e outros recursos baseados em nuvem. Outros 53% adotaram APIs (Application Programming Interface); 51%, Processamento de Linguagem Natural; 44%, Inteligência Artificial e Machine Learning; e 44%, blockchain.

Pudemos observar que os profissionais que ainda não as utilizam pretendem começar a fazê-lo –o percentual de respondentes que diz não ter interesse por uma (ou mais) dessas tecnologias é mínimo.

Assista ao vídeo: What is the key to turning the tide on financial crime using emerging technologies?

 

Cliente em foco

É animador constatar que 97% dos entrevistados consideram a tecnologia a chave para a prevenção de crimes do colarinho branco. Mas não podemos ignorar seus outros benefícios, como:

  • Aceleração de processos
  • Redução da pressão sobre os recursos existentes
  • Menor incidência de erro humano
  • Captação de maior número de clientes
  • Menos tempo para a captação de clientes e obtenção de receita

Além dos pontos citados acima, precisamos ainda lembrar que muitas das ferramentas de ponta são bastante econômicas. No entanto, para nós, da Refinitiv, o principal benefício desses recursos tecnológicos é a melhora da experiência do cliente –opinião compartilhada por 94% dos entrevistados.

Experiência humana indispensável

A partir dessa nova sondagem, pudemos confirmar algo de que já supeitávamos: os profissionais que se valem da tecnologia para combater crimes financeiros têm mais chance de sucesso nas medidas de due diligence para suas contrapartes. E as empresas estão começando a ajustar seus orçamentos de acordo com essa descoberta.

Os participantes da  pesquisa esperam que os gastos com due diligence de clientes e de terceiros aumentem 51% nos próximos 12 meses.

Do valor destinado a isso, 38% iriam para recursos de tecnologia, 34%, para contratação de pessoal, e 28%, para implementação de processos.

Se pensarmos nos incontáveis benefícios que a tecnologia certa pode representar para a luta contra ao crime financeiro, não é de surpreender que muitas companhias venham priorizando seus gastos exatamente nessa área.

Porém, vale dizer que mesmo a mais avançada ferramenta tecnológica deve sempre ser acompanhada pela inteligência humana. Para 86% dos entrevistados, as pessoas são um ativo necessário para gerar dados confiáveis e treinar algoritmos para obter resultados efetivos.

Como eles, acreditamos que a combinação estratégica de tecnologia de ponta e experiência humana confiável pode ajudar as equipes de compliance a potencializar os recursos disponíveis para erradicar a corrupção.