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O futuro da gestão patrimonial

Patrick Donaldson
Patrick Donaldson
Head of Market Development, Wealth Management – Asia Pacific & Japan

Diante das novas demandas de gestão patrimonial pelas gerações Y e X, os consultores financeiros começam a mudar a abordagem para operar inseridos em um mercado e não mais como fornecedores individuais.


  1. Os melhores gestores de patrimônio serão aqueles que puderem demonstrar acesso a dados, notícias e eventos, e com capacidade de usá-los para impulsionar soluções de investimento.
  2. Em meio à enorme quantidade de dados existentes hoje em dia, cabe ao gestor filtrar as informações mais relevantes.
  3. A “Wealthtech” é um ecossistema rico e diversificado, cujo valor advém da combinação de conteúdo com um excelente fluxo de trabalho –sempre em benefício do cliente.

Assim como estamos no início da Quarta Revolução Industrial, pode-se dizer que o mesmo ocorre na área de gerenciamento de patrimônio. E, o mais empolgante sobre essa nova era é que ela oferece uma oportunidade fundamental para repensarmos sobre os fundamentos do negócio.

Em termos gerais, classificamos as três primeiras épocas da gestão patrimonial como:

  1. Entrega manual de documentação.
  2. Mecanização dos processos manuais.
  3. Desenvolvimento de soluções computadorizadas.

À medida que o negócio progrediu, a sua proposta de valor também foi mudando. A princípio, apenas o fato de ter em mãos preços de ações ou notícias já era algo valioso. Em seguida, passou a ser importante a rapidez com que o gestor obtinha determinadas informações. E, quando os dados (preços de ações, por exemplo) passaram a ser considerados como mais uma commodity, o profissional da área aprendeu a gerar valor analisando-os e combinando-os rapidamente a outras informações, entre as quais, notícias e ganhos.

Gerenciamento aprimorado

Impulsionado por grandes avanços tecnológicos, o setor de gestão patrimonial está ingressando em uma nova época, que consideramos como uma quarta era.

Para dar um exemplo, digamos que nos períodos anteriores os profissionais da área desenvolviam novas capacidades a partir de processos já estabelecidos, e hoje contamos com recursos que nos permitem repensar todo o modelo de negócio. Ou seja, em vez de simplesmente replicar métodos estabelecidos de gerenciamento de riqueza, as novas soluções tecnológicas oferecem oportunidades de recriá-los, aprimorando-os.

Nova geração de clientes

Segundo nossos dados, o investidor asiático típico tem cerca de sessenta e poucos anos –e, em breve, esse número deve avançar para mais de 70. Hoje, mais da metade dos ativos gerenciados (53%) são de clientes com mais de 65 anos.

Enquanto isso, podemos dizer que o consultor médio ronda os cinquenta e poucos anos, com um quarto deles, inclusive, já em idade de aposentadoria. Esses profissionais controlam 25% dos ativos.

E tudo indica que esse mercado asiático continuará crescendo em várias métricas (ativos, contas e investidores).

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Investidores autônomos

A boa notícia é que as expectativas para as próximas gerações são bem diferentes. Os clientes mais jovens não procuram (nem esperam) obter muita atenção individual e enxergam a tecnologia como um aspecto importante do gerenciamento de patrimônio. E mais: querem ter ao seu alcance a opção de gestão patrimonial digital.

Estudos demonstram que 57% desses clientes trocariam sua atual forma de relacionamento com o banco por soluções que envolvam, por exemplo, plataformas tecnológicas. Portanto, a expectativa é que os millennials prefiram ser investidores autônomos, que podem recorrer a consultorias especializadas quando necessário.

Sem dúvida, eles ficarão muito mais confortáveis ​​com operações automatizadas do que as gerações mais antigas. Constatamos que as gerações Y e X têm mais chances (40%) de preferir algoritmos a pessoas como consultores financeiros. Entre os clientes mais antigos, esse índice não ultrapassa os 30%.

No entanto, à medida que a vida e os investimentos tornam-se mais complexos, as pesquisas mostram que todos os investidores, sem exceção, optam pela consultoria de um profissional.

Gestão automatizada

A quantidade de dados, informações e notícias geradas e acessadas diariamente é enorme –e só faz aumentar.

No que diz respeito aos serviços financeiros, nossa definição tradicional de dados inclui preços de ativos, informações sobre ganhos e notícias.

A gestão patrimonial digital agora permite que dados de outras fontes sejam reunidos em um só local, propiciando uma visão muito mais rica do mundo dos negócios e das oportunidades de investimento que ele oferece.

Essa abundância de dados e o maior poder computacional colocam sobre o gestor a responsabilidade de filtrar possíveis “ruídos” e identificar as informações mais relevantes.

A computação cognitiva conta com ferramentas como marcação inteligente e identificadores de entidades, que ajudam a filtrar e processar dados para garantir que poderosos algoritmos ofereçam insights aos investidores.

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Oportunidade de mercado

A tendência é que, daqui em diante, os gestores de patrimônio passem a operar inseridos em um mercado (marketplace), e não como fornecedores individuais.

O modelo de mercado permite que esses profissionais interajam para obter mais eficiência e insights, vinculando várias soluções, de diversas fontes, em uma única plataforma de gerenciamento.

E, à medida que a base de investidores cresce, os gestores podem colaborar entre si, fornecendo uma ampla gama de serviços para atrair e reter clientes.

A Wealthtech é um ecossistema rico e diversificado, e uma de suas vantagens é a intersecção entre conteúdo e fluxo de trabalho. Afinal, as novas gerações buscam, cada vez mais, oportunidades que vão muito além de estratégias convencionais de investimento. Como já nasceram no mundo digital, esses potenciais clientes têm uma grande familiaridade com uma infinidade de dados, notícias e eventos.

Por isso, os melhores gerentes de patrimônio serão aqueles que adotarem uma abordagem digital. Assim, eles poderão demonstrar que, além de ter acesso a todas essas informações, são experts em usá-las para criar soluções de investimento inovadoras.

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