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Os principais desafios dos tesoureiros corporativos

Conheça a opinião de profissionais sênior de tesouraria corporativa a respeito dos principais obstáculos que o setor vem enfrentando.   


Não há dúvida de que os tesoureiros corporativos têm desempenhado um papel cada vez mais importante em suas organizações. Portanto, é natural o crescente interesse na esfera corporativa para saber o que esses profissionais antevêem como os maiores desafios neste e nos próximos anos e, principalmente, quais regulações mais afetarão os negócios.

Em um recente evento da Association of Corporate Treasurers (ACT), entrevistamos profissionais sênior da área e clientes de diversas empresas para descobrir suas opiniões sobre que o setor de tesouraria deve enfrentar daqui em diante.

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Reputação em alta

Para Ritu Singh, diretora de desenvolvimento de mercado para Tesouraria Corporativa da Refinitv na Europa, a reputação dos profissionais dessa área vem sendo bastante fortalecida desde 2017.

Segundo ela, os tesoureiros estão desempenhando um papel crucial como consultores de negócios em suas organizações, e a tendência é que haja cada vez mais colaboração com outras áreas das empresas, como aquisição, compliance e estratégia corporativa.

“Os tesoureiros já estão desempenhando um papel importante como consultores nos conselhos, o que, sem dúvida, tem contribuido para aumentar seu status profissional dentro e fora de suas organizações. Eles fornecem às empresas uma espécia de lente de aumento para o mundo exterior”.

Ritu Singh, diretora de desenvolvimento de mercado para Tesouraria Corporativa da Refinitv na Europa

Novas regulações

Entre as novas leis regulatórias que estão afetando os tesoureiros e suas organizações estão o General Data Protection Regulation (GDPR), que entrou em vigor no ano passado. Essa medida está forçando as empresas a ter mais controle sobre os dados pessoais de clientes e fornecedores de suas organizações.

Já o IFRS 9 Accounting Standard, que começou a valer em janeiro de 2018, introduziu hedge accounting que alinha o tratamento contábil com atividades de gerenciamento de risco.

E a diretiva Base Erosion and Profit Sharing (BEPS) da OCDE terá um impacto significativo conforme um número cada vez maior de países começarem a adotar os chamados relatórios “país a país”.

Além disso, com a MiFID II, que também passou a vigorar no início de 2018, empresas que desejam negociar derivativos deverão fornecer os LEIs (Legal Entity Identifiers).

Riscos para a reputação

Entre os maiores desafios do momento, Ritu Singh coloca a ameaça de risco.

Sem dúvida, os avanços tecnológicos têm colaborado muito para a tesouraria corporativa. Mas, exatamente porque as operações do setor tornaram-se mais automatizadas, a exposição ao risco cibernético aumentou de forma exponencial.

“Atualmente a necessidade de dados é maior do que nunca, mas controlar e analisar todas essas informações, que provêm de fontes internas e externas, tem se colocado como um grande desafio”, acrescenta ela.

Os profissionais precisam usar sistemas distintos para cada diferente função na empresa. No entanto, no nível executivo, os riscos corporativos devem ser gerenciados de forma holística. Por isso, as organizações precisam de uma só plataforma que conecte as várias ameaças de riscos. Só assim eles serão identificados rapidamente, o que levará a decisões mais seguras nos negócios.

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Volatilidade cambial

Em meio a um cenário geopolítico em constante turbulência, a variação cambial e os riscos associados a ela continuarão a desafiar os tesoureiros corporativos neste e nos próximos anos.

Michael Payne, tesoureiro da National Express, diz que o hedging para combustível é um dos desafios deste ano, considerando-se a volatilidade dos mercados. “Tentar gerenciar custos voláteis em nossos negócios é uma parte fundamental do que fazemos”.

“As tensões entre os maiores produtores de petróleo do Oriente Médio seguirão desempenhando um papel importante para a volatilidade cambial”, afirma Ritu Singh. “Nós também continuaremos a presenciar conflitos entre os EUA, Rússia e a China”, completa.

Mas, o que toda essa agitação geopolítica vai significar para os tesoureiros corporativos nos próximos meses?

Singh responde de forma categórica: “O atual cenário geopolítico fará com que os tesoureiros tenham que ser mais vigilantes a respeito das sanções comerciais, que agora são mais frequentes. E isso, sem dúvida, pode levar a maiores desafios na obtenção de caixa e liquidez para operações comerciais”.