Ao contrário do que ocorre em bancos e instituições financeiras, a adesão das tesourarias corporativas ao FX Global Code tem sido um tanto lento. Neste post, elencamos as seis principais razões pelas quais as empresas precisam abraçar rapidamente o novo código do setor cambial.
- A adoção do FX Global Code pelas tesourarias corporativas tem sido tem sido fraca, representando apenas 2% de todos os signatários da iniciativa de melhores práticas para o setor cambial.
- Há, no mínimo, seis boas razões para que os tesoureiros empresariais acolham essa nova proposta de conduta. Entre elas estão os benefícios gerados por relações comerciais mais transparentes e o suporte aos relatórios de ESG.
- A Refinitiv possui uma página no Eikon com informações e insights sobre o código, além de detalhes sobre como se manter em compliance com os seus princípios.
Em maio de 2017 foi lançado o FX Global Code (Código Global de Câmbio), iniciativa que descreve as melhores práticas para o setor e visa aumentar a integridade e a eficácia do mercado global de câmbio.
Ele descreve 55 princípios, em seis áreas: ética, governança, execução, compartilhamento de informações, risco e compliance e confirmação e liquidação.
Embora a nova abordagem de conduta tenha sido formalmente acolhida por quase 1.000 organizações nos últimos dois anos e meio, a maior parte delas são bancos, bancos centrais, empresas gestoras de ativos, fundos de pensão, plataformas de comércio eletrônico e corretoras. Isso porque os tesoureiros corporativos vêm mostrando pouquíssimo envolvimento com o código –eles representam apenas 2% de todos os signatários.
Para entender melhor os principais desafios por trás dessa aparente falta de interesse, a Refinitiv vem participando de eventos em Londres e Cingapura.
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Por que aderir ao Código Global?
Aqui, destacamos seis bons motivos para que as tesourarias corporativas adotem os novos princípios de conduta:
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Maior transparência
O novo código não apenas defende transparência dos preços, mas também fornece as melhores orientações de execução de pedidos, incluindo os de stop loss e limite, pré-cobertura, marcação e última verificação e confirmação de negociação.
Ao abraçar as suas recomendações e assinar uma declaração pública de compromisso, os tesoureiros corporativos podem esperar melhores serviços de seus bancos. Sim, pois essas medidas orientam os participantes do sell-side a se comportar de forma mais aberta e transparente em suas negociações comerciais, aprimorando o relacionamento entre os tesoureiros e as instituições financeiras.
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Insights essenciais
A nova proposta de conduta para o setor apresenta também insights sobre como todos se comportam no ecossistema de FX. Ela fornece importantes informações sobre atividades como precificação, hedge e gerenciamento de pedidos, além das manobras que os participantes desse mercado devem considerar se quiserem obter os melhores resultados possíveis em suas transações.
No caso de grandes corporações, o código orienta ainda sobre como executar operações cambiais multimilionárias, que podem afetar o mercado se não forem gerenciadas corretamente.
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Flexibilidade
O FX Global Code foi desenvolvido para melhorar as práticas internas, e é suficientemente flexível para atender a uma ampla variedade de modelos de negócios corporativos. Por meio do conceito de proporcionalidade, consegue se adaptar desde ao maior até ao menor dos departamentos de tesouraria corporativa –sem causar nenhum tipo de prejuízo às organizações menores.
Além disso, ele não entra em conflito com as leis locais, concentrando-se sobretudo em valores, comportamentos e processos.
Em meio a uma realidade em que muitas empresas operam em várias jurisdições e usam seus centros de tesouraria para gerenciar as operações de câmbio de diversas regiões, essa abordagem evita barreiras regulatórias que ocorrem quando cada país adota sua própria lei.
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Informações mais compreensíveis
Diretrizes como a MiFID II (Markets in Financial Instruments Directive) e a GDPR (General Data Protection Regulation) geralmente incluem volumes de informações técnicas que exigem das equipes de compliance a análise de cada item até que consigam traduzir seu significado para os outros funcionários da empresa.
Já o código para o setor cambial foi redigido com o usuário final em mente. Isso permite que os profissionais consigam digerí-lo em seu próprio tempo, diminuindo os altos custos frequentemente associados aos serviços de compliance.
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Suporte para relatórios de ESG
O aumento dos relatórios sobre dados ambientais, sociais e de governança (ESG) tem exigido das empresas de capital aberto a demonstração de uma governança robusta em todas as áreas operacionais.
Diante disso, espera-se que os departamentos de tesouraria sejam cada vez mais claros em suas políticas de contratação de fornecedores e contrapartes para a área cambial.
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Oportunidade para moldar o código
As novas normas são revisadas regularmente pelo Global Foreign Exchange Committee, que considera como o mercado de câmbio está evoluindo e reconhece as necessidades dos vários grupos de stakeholders.
As revisões visam incorporar informações oferecidas por todos os signatários e, dessa forma, criar uma oportunidade valiosa de aumentar o diálogo e as contribuições para o setor. Portanto, a adesão ao código oferece aos tesoureiros corporativos a chance de serem ouvidos coletivamente.
Suporte para os participantes do mercado
Como fornecedora de soluções para todos os participantes do ecossistema de FX, e como membro do FX Market Participants Group, a Refinitiv compromete-se em desempenhar um papel ativo no desenvolvimento do FX Global Code.
Para demonstrar esse compromisso, criamos uma página no Eikon (pesquise FX Global Code no Eikon) que oferece informações e insights sobre o código, além de detalhes sobre como a Refinitiv pode apoiar a adesão e o compliance com os seus princípios.
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